Entenda como os aterros sanitários são parte importante da solução e o papel da argila nessa área.
Você sabia que cada brasileiro produz em média 1 quilo de lixo por dia?
E nos grandes centros a produção por habitante é ainda maior, sendo que essa média sobe para aproximadamente 1,6 quilo por pessoa.
Ou seja, uma cidade de 100 mil habitantes gera por dia, em média, 100 toneladas de resíduos. E com o aumento populacional e do consumo, essa quantidade tende a aumentar ao longo dos anos.
Vale ressaltar que não estamos falando apenas do lixo doméstico, mas também de diversos outros tipos de resíduos, por exemplo, o lixo da construção civil, das indústrias, da agricultura e principalmente o lixo hospitalar, cujo processamento custa de 40 a 60 vezes mais que o lixo comum.
Para se ter dimensão do desafio, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) as cidades brasileiras:
Geram cerca de 79 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos, por ano;
Desse total, 92% é coletado, o equivalente a mais de 72 milhões de toneladas;
Apenas 59,5% do total coletado é levado para aterros sanitários, cerca de 43,3 milhões de toneladas;
Sendo despejados inadequadamente em lixões 40,5% do total coletado, 29,5 milhões de toneladas de resíduos;
E 6,3 milhões de toneladas seguem sendo descartadas incorretamente, poluindo o meio ambiente e causando prejuízos a saúde da população.
Não é de se admirar que a questão da gestão do lixo seja algo complexo e que exija esforços de toda a sociedade, iniciativa privada, ONGs e poder público.
Afinal, a solução vai muito além de diminuir a produção de lixo, exigindo principalmente o reaproveitamento e o descarte correto destes materiais.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos
Em 2010 foi criada a Lei nº 12.305/10, conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), ela foi instituída visando a redução na geração de resíduos, mas principalmente estabelece as diretrizes sobre a correta destinação destes materiais.
Essa Lei busca a integração do poder público, iniciativa privada e sociedade civil no objetivo de valorizar e colocar em prática hábitos de consumo mais sustentáveis, bem como criar meios para aumentar a reciclagem e reutilização de resíduos sólidos.
Além de reforçar a importância da destinação ambiental adequada de rejeitos, que são os resíduos que não podem ser reutilizados, como lixo orgânico, por exemplo.
Para isso, uma das principais metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos é a “eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis”.
Assim, os rejeitos não seriam dispostos ao ar livre, e sim levados a locais apropriados: os aterros sanitários.
Infelizmente, “seriam”, pois, apesar de muitos avanços obtidos, os objetivos e metas da PNRS ainda não foram atingidos.
A importância dos aterros sanitários
O objetivo dos aterros sanitários é garantir que os resíduos sólidos urbanos, principalmente aqueles que não podem ser reciclados, sejam descartados corretamente.
É uma forma de disposição de resíduos sólidos no solo, fundamentada em
critérios de engenharia e normas operacionais específicas. Elas permitem um confinamento seguro em termos de controle de poluição ambiental e proteção à saúde pública.
As técnicas utilizadas nesta forma de disposição de resíduos possibilitam que os impactos sejam minimizados ou até mesmo inexistentes.
Justamente por isso, os aterros sanitários são considerados uma das técnicas mais eficientes e seguras de destinação de rejeitos.
A implantação de um aterro sanitário passa por diversas etapas:
Escolha da área (evitando locais com solos excessivamente permeáveis ou com lençol freático no seu nível máximo muito próximo à superfície);
Elaboração do projeto;
Obtenção do licenciamento ambiental junto ao órgão competente;
Limpeza do terreno;
Obras de terraplanagem e construção dos acessos.
E ainda deve se ter especial atenção na impermeabilização do solo utilizando camadas de solo argiloso compactado com camada superior formada por membranas sintéticas, frequentemente Polietileno de Alta Densidade – PEAD) e na implantação de uma rede de drenagem e tubulações (dispostas no sentido vertical) para permitir, respectivamente, a drenagem do chorume e o recolhimento dos gases tóxicos, que são os subprodutos gerados durante o processo de degradação dos resíduos, durante o armazenamento no solo.
O controle e o correto gerenciamento destes subprodutos são muito importantes, pois evitam que o chorume (líquido de coloração escura e de odor desagradável, produzido pela degradação biológica da matéria orgânica presente nos resíduos), que é altamente poluente, entre em contato com o solo e os lençóis freáticos.
Além disso, nos aterros é feito o recolhimento dos gases tóxicos, gerados pelo Lixo, não sejam dispersos no ar. Além disso, há a possibilidade destes gases (“gás do lixo”) serem utilizados como fonte de energia renovável, sendo uma alternativa aos combustíveis convencionais.
Outro importante benefício dos aterros sanitários, como citamos acima, está relacionado a saúde pública, pois eles não apenas tornam a cidade mais limpa, como ainda evitam o contato humano direto com o lixo.
E é justamente por isso, que os aterros sanitários são uma ferramenta indispensável para vencer o desafio da gestão do lixo no Brasil de uma forma segura e eficiente para toda a sociedade, saúde pública e meio ambiente.
O papel da argila nos aterros sanitários
Como você deve ter notado, para que os aterros sanitários cumpram devidamente o seu papel é indispensável que eles sigam aos diversos critérios técnicos, sendo a impermeabilização do solo uma das mais importantes.
E a argila natural possui papel fundamental nesta etapa. Essas argilas, tecnologicamente classificadas como bentonita, possuem alta superfície específica, excelente capacidade de absorção, plasticidade e baixo coeficiente de permeabilidade.
Devido a essas características técnicas, principalmente relacionada a permeabilidade, elas são excelentes aditivos na impermeabilização de solos arenosos e/ou siltosos, atuando na correção e como melhorador de coeficiente técnico. Por isso, são muito utilizadas na composição da barreira mineral em aterros sanitários.
Para esta aplicação, a argila é fornecida sob forma pulverizada e, normalmente, aplicada como aditivo ao solo já existente no local ou região próxima, visando melhorá-lo no aspecto permeabilidade, onde essa mistura é homogeneizada e compactada até atingir os índices desejados.
Vale ressaltar que os seus percentuais de aplicação variam conforme as características do solo e/ou exigências do projeto do aterro.
Esse mesmo procedimento pode ser utilizado também para processo de “cobertura” no encerramento de lixões e/ou aterros, porém deve-se utilizar solo adicional com a inclusão da argila, seguindo o mesmo processo de homogeneização e compactação.
Na Aligra, possuímos produtos constituídos por argila natural (bentonita cálcica), que são excelentes opções como aditivos corretores/melhoradores de coeficiente técnico de permeabilidade de solos. Nossos produtos são amplamente utilizados para a elaboração de aterros sanitários e/ou industriais, e demais usos para os quais são requeridas sua funcionalidade como agente impermeabilizante.
Seguem abaixo algumas características destacáveis dos nossos produtos para esta aplicação:
Eficiência comprovada na construção e ampliação de aterros sanitários;
Baixo coeficiente de permeabilidade;
Atendimento dos mais rigorosos coeficientes técnicos estabelecidos pelos projetos e órgãos ambientais;
Excelente custo-benefício;
Produto 100% natural, que pode ser aplicado diretamente ao solo (puro ou em mistura);
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